Sobre Mim

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Fornada de 1984, ainda consegui crescer numa época em que nos sujávamos de terra e brincávamos com caracóis, joaninhas e bichinhos de conta. Não havia telemóveis nem internet e as redes sociais produziam-se na confusão e no barulho das salas de aula, do recreio ou, até mesmo, da rua.

Desde muito cedo, com um contacto privilegiado com a natureza, percebi uma empatia natural com os amigos de 4 patas. Lembro-me bem dos domingos passados no quintal em preciosas labutas e investigações dignas de qualquer CSI, sempre acompanhada por eles, os meus “amigos Cão”.

Aos 4 anos a minha mãe inscreveu-me no ballet clássico. Poderia ter-me posto na natação, no volley ou na ginástica rítmica e eu hoje não seria a mesma pessoa, nem continuaria a dançar como ainda faço. Pequenas grandes decisões que nos moldam completamente. O ballet foi algo que sempre me diferenciou e muitas vezes me rotulou, nem sempre pela positiva, confesso... Mas posso afirmar que sou muito grata por essa decisão que não tinha idade para ser eu a tomar!

Seguiram-se os anos 90, o grunge e as botas de biqueira de aço. Lembro-me de começar a pensar sobre o sentido da vida e de abanar (muito) a cabeça ao som dos Nirvana.

Depois, a mudança de milénio, ah… os sweet sixteen, as saídas à noite, a house music e uma decisão que iria mudar para sempre a minha vida: Faculdade de Belas Artes. Foi lá que me licenciei e bem! Até hoje, sempre tive o privilégio de trabalhar naquilo que me apaixona e que de melhor sei fazer - Design.
Não satisfeita com algumas limitações da utopia artística, decidi fazer um Mestrado em Marketing e tornar-me numa designer com um espírito mais estratégico e comercial. Sinceramente não me vendi, mas acho que já sei vender!


Cheguei à casa dos 30 e de tanto que já fiz a nível profissional, cheguei à conclusão de que nunca fiz nada inteiramente só meu.

O Longo e Chique surge, assim, duma necessidade de partilha de vários saberes coleccionados e também de vários "não saberes" que quero dividir convosco. Sendo fruto, ainda, da maturação de uma paixão - habitualmente com 4 patas - e do desejo genuíno de construir algo com isso.

Convido-vos, então, a uma longa viagem de tudo o que, muito resumidamente, não é "curto nem grosso", porque tudo o que de melhor a vida tem leva sempre o seu tempo.

Boa viagem!

O Longo vai nos acompanhar sempre...