Coisas de cão

Filatelista compulsivo!

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Como prometido na apresentação do Longo, mais conhecido por Pluto, além das fotos e rotinas que vou partilhando convosco mais ou menos assiduamente pelo Instagram, chegou a altura de vos falar um pouco mais sobre ele – as peripécias.

Como qualquer cão, o Pluto, quase com dois anos, está a começar a vincar uma personalidade e, com isso, também uma mão cheia de hábitos, manias e vícios que o tornam assim, tão especial!

Caros leitores, aviso que isto aqui é mesmo coisa de cão, mas quem de vocês também tem um melhor amigo com pretensão a filatelista? Passo a explicar...

Este termo, carinhosamente utilizado por mim, pretende enfatizar de um modo que considero hilariante, essa ilustre vontade de ir colecionando todos os papéis e papeizinhos que vão aparecendo caídos rua fora. Não vos falo só de papéis vulgares tipo fatura ou invólucro de chiclete, falo-vos também de verdadeiras ostentações de porcaria que prefiro não tornar descritivas pelo respeito que nutro por quem me lê. Se eu tivesse esta arte para colecionar, por exemplo as minhas próprias faturas, veria a tarefa de descobrir a omissão de despesas importantes no "e-fatura" bem menos penosa...

>>> Picacismo não tem nada a ver com o Pikachu! 


Na realidade, este vício tem mesmo um nome, quase um palavrão – Picacismo – que ao contrário do que poderia ser mais expectável, não é nenhuma síndrome paranoica relacionada com a personagem Pikachu!

Por definição, o Picacismo é uma “depravação do apetite, no decurso de certas doenças, a qual impele a ingestão de substâncias não alimentícias (barro, carvão etc.)”.

No caso específico dos nossos Amigos Cão, esta conduta pode ter duas causas bastante distintas: comportamentais ou físicas. As mais comuns são as comportamentais que podem ser originadas por ansiedade ou simplesmente pela necessidade de atenção. As causas físicas, essas sim mais graves, acontecem se o cão estiver doente, nauseado ou, até, com algum corpo estranho no trato gastrointestinal. Devemos, por isso, andar atentos e tentar descobrir qual a causa desta ação!

O que acontece com o Longo, de facto, apesar de irritante, não é muito grave, pois o que ele realmente quer é chamar a minha atenção, sendo que, por experiência comprovada, ralhar e praguejar só potencia ainda mais este hábito verdadeiramente exasperante. Com exceção de restos de comida - prometi não avançar nas descrições - se ignorar este ato, o Pluto acaba por se desinteressar e largar o papel ou plástico que apanhou.

>>> Um último conselho para as idas à rua. 


O grande segredo, meus amigos, como em quase tudo na vida, está sem dúvida na prevenção. Sempre que vamos passear o nosso cão à rua, temos obrigatoriamente que colocar os nossos olhos em modo raio laser com visão noturna e detetor de metais, neste caso de porcaria.

Alguém se revê aqui?
Confesso que esta visão é ainda mais hilariante do que ter um cão filatelista!

Bons passeios!

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